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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

1989


ESTRELAS
RAUL GAZOLLA
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A HORA EM QUE SER BONITO SÓ NÃO BASTA


Por: Teresa Tavares (O Globo)
20/08/1989

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Apesar de reunir muitos requisitos para se transformar num símbolo sexual, o ator Raul Gazolla não se importa com isso e acha que sua maior arma para fazer sucesso é o trabalho.

Moreno de olhos azuis, 1,84m de altura e 82 quilos distribuídos de forma harmoniosa, devido à prática de esportes diversos, Raul Gazolla faz sucesso entre as mulheres como o galanteador Alex, personagem que interpreta em "Kananga do Japão", novela da Manchete.
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Não se intimidando com essa popularidade que se estende da ficção à vida real, o ator diz que o fato de vir a se tornar um símbolo sexual poderá ser positivo, "caso seja uma questão bem encaminhada". E não considera isso o mais importante em sua carreira:
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- Cheguei a um ponto em que ser bonito não é o suficiente. O que está contando é o meu trabalho profissional.
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Para interpretar o Alex, Gazolla fez dois testes. Para ganhar o papel, pesou muito o fato de ter 12 anos de experiência em capoeira e muitas aulas de dança, atributos indispensáveis para os malandros de "Kananga", além, é claro, dos 10 anos dedicação à profissão de ator, iniciados nos palcos europeus, com o espetáculo infantil "Amapola", produzido por um grupo brasileiro. Em seguida, ele retornou ao Brasil, onde estreou no musical "Chorus line" e integrou o elenco de mais de dez peças, entre as quais destaca "O arquiteto e o Imperado da Assíria" e "El Grande de Coca-Cola".
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Mas seu nome começou a ser mais conhecido quando participou de novelas, na TV Globo. Após a estréia na segunda versão de "Selva de pedra", num pequeno papel, teve sua melhor oportunidade em "Fera radical", na pele do atlético Marcelo. Atualmente, Gazolla confessa que lamenta não ter tempo de se dedicar aos esportes. A compensação é o caminho que sua carreira está tomando, em seu terceiro trabalho de época, após "O primo Basílio" e os primeiros capítulos de "Pacto de sangue", em que interpretou Fernando Junqueira, um abolicionista do século passado. Sobre o personagem de "Kananga do Japão", ele diz:
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- Carismático e bon vivant, Alex é o malandro de antigamente, bem-humorado, um tipo que já não existe mais. Seu relacionamento com as mulheres é genial. Ele ama todas elas, e não as engana, porque seu sentimento é sincero.
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Gazolla diz que a única semelhança que tem com Alex é o grande amor que sente pelas mulheres:
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- Respeito muito a opinião delas, pois considero que as mulheres têm uma grande sensibilidade.Já tendo se casado três vezes, Gazolla, que no momento vive sozinho num apart-hotel, explica que seu objetivo é encontrar o grande amor, custe o que custar:
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- Seria ideal se desse certo no quarto casamento. Mas, se isso não acontecer, vou tentando até conseguir.
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EM BREVE, UM AMOR DISPUTADO
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Considerando primorosos o resultado de "Kananga de Japão" e a direção de Tizuim Yamasaki e Carlos Magalhães, Raul Gazolla não tem ainda planos definidos para quando a novela terminar, preocupando-se no momento apenas em realizar um bom trabalho. Depois, pensa unicamente em descansar um pouco, antes de iniciar outro projeto.
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Na novela da Manchete, o personagem de Gazolla, Alex, começa a trama envolvido com muitas mulheres, mas aos poucos se transformará, devido à paixão por Dora (Christiane Torloni), que vai disputar com o rico playboy Danilo (Giuseppe Oristânio).
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Exímio dançarino, Alex não sai da Sociedade Recreativa Familiar Kananga do Japão, onde, entre uma dança e outra, perde o que tem - e o que não tem - na mesa de sinuca, sobrevivendo às custas das mulheres que explora.
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A novela pretende recriar toda uma década de grandes acontecimentos, começando com o crack da Bolsa de 1929 e suas implicações para a situação financeira internacional, mas situando isso dentro da vida da Praça Onze do passado, com seus seresteiros e menestréis, os primeiros sambistas e os boêmios da Kananga do Japão, uma espécie de cabaré ou inferninho que, ao longo da trama, receberá ilustres visitas e será a sede dos principais acontecimentos da história.
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quinta-feira, 1 de outubro de 2009

segunda-feira, 24 de março de 2008

FOTO HISTÓRICA
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Airton e Lolita Rodrigues no programa "Almoço com as Estrelas", apresentado pela Rede Tupi no final dos anos 50. A atriz Nathália Timberg participou de um dos programas do casal.
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sábado, 17 de março de 2007

ALMOÇO COM AS ESTRELAS



Reportagem de Paulo Senna, publicada no jornal O Globo (23/12/2001)

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O programa "Almoço com as Estrelas" era exibido todos os sábados, das 12h30m às 16h, pela TV Tupi. E ficou 23 anos no ar. Três meses antes de a versão carioca estrear, o programa foi lançado em São Paulo, em 1957, comandado por J. Silvestre. Depois disso, a atração passou para o casal Airton e Lolita Rodrigues. No Rio, o programa foi comandado por Aérton Perlingeiro, que também comia de verdade na frente das câmeras e convidava para o rega-bofe, monstros sagrados do cinema e do teatro que aspiravam ao sucesso. Os convidados, por sua vez, não se faziam de rogados, comiam, pediam mais, bebiam cerveja e, de sobremesa, devoravam uma deliciosa torta.Mas, além de tudo isso, tinha o famoso peru com farofa, que ficou conhecido como o peru do Aérton. Os artistas, claro, não iam apenas almoçar na Tupi, aos sábados à tarde. Iam, principalmente, divulgar seus novos trabalhos. Aérton lançou no seu almoço nomes como Elza Soares, Dolores Duran e muitos outros. O mundo teatral era representado por grandes estrelas que tinham quase cadeira cativa por lá. Entre elas, Bibi Ferreira, Henriete Morineau, Sérgio Brito e Nathália Timberg. Por isso, Perlingeiro foi considerado o maior divulgador do teatro e da música e ficou em primeiro lugar no Ibope durante 23 anos. Ele também colecionou desafetos. Paulo Autran, por exemplo, era um deles. Aérton falou, ao vivo, que daria uma "sopa" ao mestre Paulo, que na época lançava a peça "Hello Dolly". No que Autran respondeu: "Quem está dando colher de chá sou eu, aparecendo no seu programa". O bate-boca não acabou aí. Perlingeiro terminou a conversa dizendo que tinha convidado Bibi Ferreira, mas como a atriz não pôde participar, contentou-se com Paulo Autran "para tapar o buraco". O público e os artistas adoravam: foi o primeiro programa em cores da TV Tupi. Havia filas de candidatos para sentar-se nas mesas daquele almoço e comer o peru do Aérton enquanto divulgava seus trabalhos.

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