quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

1986


Publicado pelo Jornal do Brasil - 27/11/86
Rosângela Petta

A ESCOLA DO RÁDIO VOLTA À TELEVISÃO

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São Paulo - Oh Cride, fala para mãe que Ronald Golias está de volta à TV depois de passar sete anos animando shows de convenções de empresas, rodar o país via teatro, uma boate aqui e um clube ali, todo grisalho, rosto rabiscado por rugas de 57 anos de vida, embaralhando um pouco os assuntos, misturando datas e histórias - e, mesmo assim tão hilariamente como antes.
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No dia 14, ele assinou um contrato de 13 meses com a Bandeirantes e, no máximo até março de 1987, deverá estrear um programa semanal (no ar todos os sábados, história completa, às 21h30min) ao lado de Nair Bello e Renata Fronzi, sob a direção de Adriano Stuart, ex-Trapalhões, e com uma equipe de cinco redatores coordenada por Marcos César, ex-Chico Anísio.

- Minha expectativa é a melhor possível - diz Johnny Saad, diretor da emissora. Eu curti demais esse cara e, no dia em que a gente acertou tudo, ri tanto que quase não consegui assinar os papéis.

Se o patrão está feliz, o comediante mais ainda. Golias deixou a televisão em 1979 e, além de trabalhos esporádicos, passou a, se dedicar mais à sua fazenda em São Carlos, interior de São Paulo, onde nasceu, produzindo milho, feijão e leite. Vendeu a propriedade (''Mas já estou arrumando um terreno em Serra Negro"), passou a fazer a alegria de festas dos funcionários da Danone e General Motors, entre outras indústrias até que o publicitário Wilson José Perón apareceu com um projeto pronto onde o argumento transforma Golias em um vagabundo de Renata Fronzi (viúva cheia de dinheiro) e Nair Bello (solteirona, dona de uma fábrica de rolhas), cercado de vizinhos esquisitos, do padre trambiqueiro ao suicida do último andar.

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