domingo, 30 de setembro de 2007
ANTONIO FAGUNDES EM DOIS MOMENTOS
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O professor gago Caio Szymanski com Adriana, a bailarina da coxa grossa (Cláudia Raia) na novela "Rainha da Sucata", em 1990 (à esquerda) e o Dr. Felipe Barreto com Márcia (Malu Mader) na novela "O Dono do Mundo", em 1991 (à direita).
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sexta-feira, 28 de setembro de 2007
1975
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BIBI VOGEL ESTÁ EMPOLGADA COM O TRIÂNGULO AMOROSO FORMADO POR CLÓVIS, CRISTINA E ALICE NA NOVELA.
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Revista Amiga (1975)
ANTONIO FAGUNDES
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Não é à toa que o ator Antonio Fagundes alcançou o status de um dos maiores galãs da televisão dos últimos tempos. Na novela "Dancin' Days", em 1978, o ator já mostrava o porquê do rótulo de símbolo sexual que o acompanha ao longo de sua carreira.
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Foto: Contigo! (1978)
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
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Confira o que aconteceu na última semana de novembro de 1997 em MANDACARU (Rede Manchete).
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Revista Contigo! (1997)
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A Rede Record reprisa, a partir de outubro, uma de suas melhores novelas, Essas Mulheres. Uma ótima oportunidade para quem não viu essa excelente produção, escrita por Marcílio Moraes, Rosane Lima, Bosco Brasil e Cristianne Friedman, inspirada em três romances de José de Alencar.
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A novela tem um ótimo elenco, lindos figurinos e belíssima reconstituição de época. Certamente "vale a pena ver de novo" essa brilhante produção da Rede Record , ao contrário de algumas novelas da emissora que, definitivamente, não valem a pena ver nem pela primeira vez.
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terça-feira, 25 de setembro de 2007
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LOCOMOTIVAS - INTERNACIONAL
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Na época da disco music e das festinhas de fundo de garagem, a trilha sonora internacional de "Locomotivas" (Som Livre - 1977) era artigo indispensável. O disco, que intercala sucessos da discoteca com temas românticos, fez muito sucesso na época do lançamento.
"Dance and Shake Your Tambourine" estava entre as favoritas da trilha entre os apreciadores do ritmo que invadiu as discotecas no final dos anos 70. Não menos sucesso fizeram as dançantes "Young Hearts Run Free", de Candi Staton e "N. Y. You Got Me Dancing", de Andrea True Connection.
Os temas românticos também se destacaram na trilha. A balada "Sad Songs", dos irmãos Billy and Bobby Alessi, ajudou a manter o clima de melancolia da personagem Patrícia (Elizângela), e a voz frágil e quase infantil de Ornella Vanoni em "Più" casou com o jeitinho espivitado da "bonitinha, mas ordinária" Fernanda (Lucélia Santos).
O romantismo exacerbado e a pobreza dos arranjos em algumas faixas põem em risco a qualidade da trilha, como em "Sorrow", de Michale Sullivan; "Sweet Sounds, Oh Beautiful Music!", de Steve Mclean e "Conversation", de Morris Albert.
Destaque para "That's the Trouble", da jamaicana Grace Jones, "Love in 'C' Minor", de Cerrone, e para a balada de cortar os pulsos "Rainy Days", de Richard Young, tema de Celeste (Ilka Soares) e Netinho (Dênis Carvalho).
O problema da trilha parece estar no fato de alternar músicas de estilos (e arranjos) tão diferentes. A idéia de intercalar a avançada tecnologia musical da disco music com os arranjos pobres das baladas da trilha não teve um efeito positivo. Talvez se as músicas dançantes fossem gravadas de um lado do disco e as baladas românticas do outro, a trilha ficasse mais regular, evitando um efeito sonoro tão abrupto, causado pela diferença dos arranjos musicais ao se ouvir o disco na sequência das faixas. Contudo, é uma boa trilha, considerando-se a seleção de repertório.
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CURIOSIDADES
- A capa da trilha internacional é igual a capa da trilha nacional. Mudou-se apenas a cor de fundo. Enquanto a nacional tem o fundo preto, a internacional tem o fundo azul com a borda vermelha.
Na época era bastante comum que as capas das trilhas nacional e internacional fossem iguais, mostrando-se apenas o logo da novela em tamanho grande e mudando-se apenas a tonalidade de fundo das capas.
- Vários brasileiros fizeram sucesso cantando em inglês na década de 70, inclusive usando pseudônimos. Na trilha internacional de "Locomotivas" estão presentes três dos mais bem sucedidos cantores brasileiros que gravaram em inglês: Morris Albert, compositor do grande sucesso internacional "Feelings"; Steve Mclean, que embarcou vários sucessos em trilhas de novelas da época, e Michael Sullivan, que fez relativo sucesso com suas canções no final dos anos 70 ("My Life" da trilha de "O Casarão" também fez grande sucesso), e que formou dupla com Paulo Massadas na década de 80, emplacando vários sucessos na voz de cantores consagrados da MPB.
- O sucesso "Isn't She Lovely?", de Stevie Wonder, foi tocado várias vezes na novela, principalmente nas noites de agito do bar "Tia Joana", mas a música não fez parte da trilha.
- Destaque para o comercial da trilha internacional da novela. Cinco moças dançavam as músicas da trilha vestindo apenas um biquini. No final do comercial (ao som da música "Più"), as moças se viravam de costas e um close na parte de trás das tangas que elas vestiam revelava o nome da novela, escrito em sílabas em cada uma das tangas: LO-CO-MO-TI-VAS.
A cara dos anos 70!
Guilherme Staush
Foto: Mercado Livre
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DESPONTANDO PARA O ANONIMATO
Artigo gentilmente cedido pelo blog Saco de Gatos
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(...) Em 1981, a Rede Globo abriu inscrições para mais um festival, agora com patrocínio da Shell. Foram sessenta músicas classificadas, cinco eliminatórias e quatro passavam em cada fase para a finalíssima no Maracanãzinho.
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Almir Guineto, que fez sucesso com o Exporta Samba em 80, voltou solo em "Mordomia", de Ari do Cavaco e Gracinha do Salgueiro. E classificou-se para a final na primeira eliminatória, onde uma tal Rosana ganhou como consolação o prêmio de melhor intérprete, além de classificar "Pensei Que Fosse Fácil (Mas Não É)".
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Não lembro de nada da segunda eliminatória e na terceira, como curiosidade, um certo Lenine apareceu interpretando a canção "Prova de Fogo", dele e de José Rocha. A música foi eliminada, mas Kleiton e Kledir, irmãos gaúchos que já faziam muito sucesso na MPB, emplacaram "Navega Coração".
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A quarta eliminatória revelou um dos grupos mais simpáticos e efêmeros do rock brasileiro: Gang 90 & Absurdettes, com a hilária "Perdidos na Selva" em ótima performance de Júlio Barroso e das meninas May East (May Pinheiro), Lonita Renaux (Denise Barroso, irmã de Júlio), a holandesa Alice Pink Pank e Luíza Cunha, cujo marido, Guilherme Arantes, classificou "Planeta Água", a favorita imediata do público.
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Houve também a inacreditável classificação de "Balão", música de Nando e Geraldo Carneiro, interpretada (mal) pela mulher deste último - a atriz Beth Goulart.
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A quinta e última fase de classificação teve também Lulu Santos, que cantou e não classificou a ótima "Areias Escaldantes" - vai entender... Enquanto isso, Lucinha Lins levava "Purpurina" para a final. Ela até cantava melhor que Beth Goulart, mas a música não era lá essas coisas.
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Em 12 de setembro, numa noite de inverno quase primavera, aconteceu a final. "Perdidos na Selva" foi a terceira apresentada das 20 classificadas, mas desta vez Júlio e as Absurdettes foram mal e a música não levou nada. Beth Goulart foi apupada por um Maracanãzinho abarrotado, que vaiou impiedosamente sua desafinação em "Balão" e na música seguinte cantou em uníssono a "Mordomia" de Almir Guineto.
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Quando Guilherme Arantes pisou no palco e tomou assento ao piano, um frisson se elevou no ginásio e a galera foi junto com o cantor, consagrando "Planeta Água" como a grande favorita ao primeiro lugar. As outras músicas passaram batidas ou despercebidas, entre elas "Purpurina".
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Então veio o resultado, através dos votos dos jurados, bem como os prêmios de melhor arranjo e intérprete. A menção a Lucinha Lins como a melhor intérprete da final deixou o público com a pulga atrás da orelha. E o resultado final se encarregaria de pôr pra fora a boa e velha vaia que andava longe dos festivais fazia tempo.
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"Mordomia" ficou em terceiro lugar e "Planeta Água", a favorita da torcida, foi relegada ao segundo lugar. E quem ganhou? Pois é, ganhou "Purpurina" e o público reagiu ao estilo dos anos 60 e 70, vaiando e apontando polegares para baixo em sinal de reprovação. Lucinha subiu ao palco acompanhada do então marido Ivan Lins (coincidentemente em 1970 ela esteve com ele no mesmo Maracanãzinho quando Ivan cantou no FIC a música "O Amor é Meu País", vice de "BR-3" naquele ano) e desafinou horrores na hora de reapresentar a música, rejeitadíssima de antemão."Planeta Água" tocou horrores nas rádios e se tornou um sucesso. "Mordomia" caiu no gosto popular. "Perdidos Na Selva" e "Areias Escaldantes" viraram hits entre os jovens. Mas "Purpurina", assim como algumas outras vencedoras de festivais - vide "Kyrie", campeã do FIC de 1971 e "Como Um Ladrão", vencedora do Abertura em 1975, despontou para o anonimato. Ainda bem.
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Publicado pelo blog SACO DE GATOS
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VÍDEO
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Matéria do Vídeo Show que relembra os festivais da Globo do início dos anos 80.
Vídeo: Mofo TV
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domingo, 23 de setembro de 2007
Os embalos de Júlia Mattos (Sônia Braga) na novela "Dancin' Days" (1978) - Rede Globo
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Jacques (Jonas Bloch) ameaça o romance de Dinho (Marcelo Picchi) e Lívia (Christiane Torloni).
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Revista Contigo! (1977)
Lili Bolero (Consuelo Leandro) na novela "Cambalacho" (1986).
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Se os deuses não tivessem tramado contra Lili Bolero, ela ocuparia hoje o lugar que é de Ângela Maria na história da música popular brasileira. Por ironia do destino, o violinista que acompanhava Lili em um show de calouros da rádio nacional rompeu a corda do violino, fazendo com que a estrela desafinasse, e assim perdesse o primeiro lugar para a "Sapoti". Assim sendo, Lili teve que se conformar em servir de "cantora fantasma" para a filha, a desafinada Albertina Pimenta, ou melhor, Tina Pepper.
Mas a vida dá voltas, e se Lili não conseguiu um lugar de destaque entre as famosas cantoras do rádio, pelo menos faz um grande sucesso há mais de 20 anos em uma popular churrascaria de São Paulo, com direito a ser acompanhada pelo acordeon de luxo de sua parceira Cibele. Duvida? Então dá uma passadinha lá na churrascaria "Traseiro de Boi" que você vai conferir o sucesso dupla!
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
LOLITA & AIRTON
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ELES TÊM POUCA COISA EM COMUM...
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Revista Ilusão (1978)
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Em tempo:
O casal se separou em 1982;
Airton teve um enfarte e faleceu em 1993.
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ALMOÇO COM AS ESTRELAS
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1984
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MATE A SAUDADE DE NONÔ CORREIA, O ADORÁVEL AVARENTO DA TELEDRAMATURGIA BRASILEIRA.
Ache outros vídeos como este em Memoria da TV
1983
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O SUCESSO DE MARILU BUENO NA PELE DA EMPREGADA OLÍVIA EM GUERRA DOS SEXOS
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Revista Sétimo Céu (1983)
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
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NOSTALGIA: 'AMIZADE COLORIDA', 1981
Escrito por Paulo Senna e publicado pelo jornal O Globo (09/03/2003)
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Em 1981 estreava a série "Amizade colorida" (Globo), de Armando Costa, Lenita Plonczynska, Bráulio Pedroso e Domingos de Oliveira. Sob a direção de Denis Carvalho, Walter Campos, Ary Coslov e Paulo Afonso Grisolli, era exibida todas as segundas-feiras, às 22h15m. As histórias giravam em torno do personagem Edu (Antônio Fagundes), que procurava apenas uma "amizade colorida" - expressão utilizada por aqueles que não queriam se envolver em casos amorosos definidos. O programa tentou abordar os problemas do homem da cidade grande, solteiro, fotógrafo sem emprego fixo, 30 e poucos anos, surpreso diante de mulheres que, a cada dia, se tornavam mais independentes. Ele era um cara que tinha muitos amigos mas não se fixava em nenhuma amizade. Buscava mulheres de diferentes classes, gêneros e tipo e trabalhava em tudo o que aparecia em sua profissão. Seu apartamento era também seu local de trabalho, por isso ele o chamava de "Estúdio infinito", e o laboratório era improvisado no próprio banheiro. A censura, porém, interrompeu o desenrolar da série.
Devido ao seu "despudorado" costume de andar vestido apenas com uma sunga pelo seu apartamento-estúdio, Edu acabou sendo o estopim da revolta dos conservadores. Para culminar, num dos episódios - "Gatinhos e gatões" - o fotógrafo chegou ao ponto de "transar" com mãe e filha, o que escandalizou algumas senhoras paulistas que chegaram a fazer uma manifestações pela preservação da moral e dos bons costumes. Mas, pelo visto, elas eram assíduas espectadoras da série. No primeiro episódio, Paulo Afonso Grisolli teve que fazer 42 cortes e nem pôde levá-lo ao ar. Daí para a frente, nunca se conseguiu manter a proposta inicial. O tema de abertura era a música "Lente do amor", de Gilberto Gil: "Pela lente do amor/Uma grande angular/Veja ao lado, acima e atrás/Pela lente do amor/Sou capaz de enxergar/Toda moça em todo rapaz/Pela lente do amor...".
Fonte: TV Pesquisa (Puc - Rio)
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VÍDEO
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PELA LENTE DO AMOR
O fotógrafo Edu (Antonio Fagundes) vira objeto sexual no episódio "Beleza", da série brasileira "Amizade Colorida" (1981) , exibida no Túnel do Tempo do "Vídeo Show", em 1991.
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terça-feira, 18 de setembro de 2007
JOGO DA VIDA
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Estou abrindo um espaço (bem particular) para compartilhar com os leitores do meu blog minhas lembranças sobre algumas novelas que considero as mais interessantes que assisti. Apesar de procurar escrever somente aquilo que tenho absoluta certeza, as informações contidas nesse texto são baseadas na minha memória televisiva, que pode ser passível de erros. Portanto, as informações presentes nesses textos não devem servir de fonte para pesquisadores da telenovela brasileira, que aliás, não é a proposta do blog, já que as informações postadas aqui são, na maioria, provenientes de reportagens publicadas em revistas, que embora sejam especializadas em televisão, não representam uma fonte de informação 100% segura.
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A novela que escolhi para abrir essa nova seção do blog foi "Jogo da Vida", uma das melhores novelas de Sílvio de Abreu, na minha opinião.
Novela de Sílvio de Abreu
Argumento de Janete Clair
Direção geral de Roberto Talma
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Rede Globo -1981
GANHAR OU PERDER FAZ PARTE DO JOGO DA VIDA
"Jogo da Vida" foi uma novela leve, divertida e audaciosa. Com um enredo muito bem costurado, foi uma trama repleta de personagens ricos e todos muito divertidos. Sílvio de Abreu soube alternar drama e humor como raras vezes foi visto em uma produção das 19h.
A novela teve como personagem central Jordana (Glória Meneses), que depois de muitos anos casada com Silas (Paulo Goulart), é trocada pelo empresário por uma mulher bem mais jovem, a ambiciosa Carla, mal defendida por uma Maitê Proença pouco experiente.
A novela foi meio dramática no início, por opção do próprio autor, que havia planejado explorar o drama vivido pelos personagens inicialmente, a fim de apresentá-los ao telespectador, desenhando o perfil de cada um deles, para depois imprimir a marca que o tornou famoso nas telenovelas: a comédia.O drama nasceu não só em virtude dos conflitos vividos por Jordana por causa de sua crise conjugal com o marido, mas também por conta da figura de Dona Mena, uma simpática velhinha que acaba conquistando de Jordana todo o carinho que não teve de seus sobrinhos, que sempre a rejeitaram. Mal sabia Jordana que a tal velhinha , ao morrer, lhe deixaria uma grande fortuna escondida dentro de um cupido, e ainda um velho casarão abandonado, que futuramente seria transformado em um pensionato para garotas, onde ocorreria grande parte da ação da novela.
É justamente quando a maioria dos personagens da novela descobre a existência de uma grande fortuna (um milhão de dólares) deixada no interior de um dos cupidos que a novela toma fôlego e se transforma em uma deliciosa comédia, não faltando as típicas seqüências de ação em que o elenco todo parte "em busca do ouro".
O autor Sílvio de Abreu, antes de fazer televisão, fez várias incursões pelo cinema, trabalhando como roteirista, ator e diretor. Dirgiu algumas pornochanchadas ("Elas são do Baralho", "A Árvore dos Sexos"), e é evidente a inserção de vários elementos desse gênero cinematográfico em suas telenovelas. Na recente "Belíssima", por exemplo, o personagem Narciso, vivido por Vladimir Brichta, parece ter saído do elenco das deliciosas comédias eróticas que fizeram tanto sucesso nos anos 70. O personagem tinha todas as características dos galãs das pornochanchadas: bonito, vaidoso, desajeitado, ingênuo e metido a conquistador. Todas as situações vividas por ele na novela remetiam aos clichês explorados nessas produções cinematográficas: a fuga pelas ruas de São Paulo vestindo apenas trajes íntimos quando foi flagrado por um marido traído; a exploração dos atributos físicos do rapaz por uma mulher mais esperta que o fez posar nu para o anúncio de um produto; os freqüentes cuidados da mãe que contribuiram para o excesso de vaidade do rapaz, e ainda o velho clichê das pornochanchadas: o galã teve que se fingir de gay para não ser atacado por uma madame durante as sessões de massagem. Isso sem falar nas inúmeras encrencas em que o rapaz se meteu por causa de sua eterna fama de conquistador.
Mas em nenhuma de suas novelas Sílvio de Abreu usou tantos personagens e situações típicas das comédias eróticas dos anos 70 como em "Jogo da Vida", e várias delas faziam referência aos clássicos da pornochanchada, gênero que estava em alta no período em que a novela foi ao ar. Não faltou o galã de subúrbio que era o terror das empregadas domésticas (Mário Gomes); a empregadinha assanhada (Sônia Mamede); a professorinha sexy (Kate Lyra), objeto de desejo do adolescente (Ernesto Píccolo) que imaginava a professora quase nua em seus delírios, e ao encontrá-la, desmaiava, imaginando aquele monumento de mulher usando apenas calcinha e sutiã; a menina tímida (Cissa Guimarães) que vem de uma cidade do interior do Mato Grosso e fica horrizada com as atitudes liberais das garotas da cidade grande; a empregada safada (Elizângela) que enlouquece o patrão (Gracindo Junior) usando um uniforme cor-de-rosa bem curto para seduzí-lo (um dos truques da empregada era fingir que o pano de prato caía no chão, para então, abaixar-se suavemente para pegá-lo, ficando de costas para o patrão); e ainda o homem machista, na idade do lobo (Paulo Goulart), que troca a esposa quarentona (Glória Meneses) pela gatinha de 20 anos (Maitê Proença).
Tudo isso fez de "Jogo da Vida" um grande sucesso. É claro que a novela foi bem mais do que uma simples "pornochanchada bem comportada". Esses ingredientes todos, que apenas enfeitavam a trama, somaram-se à ótima sinopse escrita por Janete Clair, e não faltaram doses de drama, romance e aventura, nesse que foi um dos melhores trabalhos de Sílvio de Abreu, que dois anos depois escreveria um dos maiores sucessos da teledramaturgia: "Guerra dos Sexos", mas essa é outra história.
CENAS e COMENTÁRIOS
- No primeiro capítulo da novela, Jordana desce as escadas de sua casa e avisa ao marido, que está sentado em sua poltrona lendo o jornal, que vai fazer compras. O marido, sem tirar os olhos do jornal, laconicamente conversa com a mulher. Jordana fica indignada e logo inicia um discurso sobre a indiferença do marido nos últimos anos, que nem mesmo notou que a mulher estava indo fazer compras usando apenas um maiô!
- Renata Fronzi foi um grande destaque da novela fazendo a bandidona Aurélia Creonte, dona do cortiço onde Dona Mena morava. As cenas em que Aurélia maltratava Dona Mena eram muito comoventes ao mesmo tempo que divertidas, assim como a dobradinha feita por Renata e Leina Krespi ao longo da novela rendeu grandes momentos.
- Sueli Franco também estava hilária como a ambiciosa Cacilda, mãe de Carla (Maitê Proença), que fazia de tudo para que a filha se desse bem na vida; Rosamaria Murtinho estava impecável vivendo Loreta Pires de Camargo, uma socialite falida que fazia misérias com a tia Mena, mas depois correu desesperadamente atrás da fortuna deixada pela velhinha.- Débora Duarte, que fazia uma professora de inglês que dividia o apartamento com Dóris (Kate Lyra), saiu no meio da novela. Sua personagem perdeu-se na trama e a solução foi improvisar um final prematuro. Num belo dia, deprimida, ela entre em um barco e se deixa levar pela correnteza para o fundo do mar. Tudo ao som da música "Love me Tender", na voz de Elvis Presley. Um bela cena que mostrou o suicídio da personagem, ainda que de maneira sutil.
- A cantora Olivia Newton-John participou da novela cantando seu grande sucesso da época, a música "Physical". Sua participação aconteceu durante a inauguração do Single's Bar, de propriedade dos personagens Silas e Carla.- A cena em que as personagens da novela corriam atrás do cupido que continha a fortuna foi hilária. Tudo começou quando a empregada de Loreta, vivida por Chica Xavier, roubou o cupido, e mesmo tendo que fazer muita força para carregar o objeto pesado, fugiu com ele nas mãos, mas logo foi avistada por Loreta, que sai freneticamente atrás dela. A corrida atrás do cupido, em que grande parte do elenco da novela participou, culminou em casarão abandonado, onde o cupido passou de mãos em mãos, até que alguém o arremeça pela janela e ele cai diretamente nas mãos do mau caráter Carlito Madureira (Raul Cortez), que o segura e dança uma valsa com o cupido nas mãos, diante dos olhos atônitos de todos, que o observam pela sacada do prédio.
- Outra cena igualmente divertida foi quando Jordana e Vieira (Gianfrancesco Guarnieri) estavam sozinhos, no porão do pensionato, tentando abrir um dos cupidos com um maçarico para ver se era nele que estava a tão almejada fortuna. Os dois foram flagrados por Lívia e Gerônimo, que vêem seus pais suando, ofegantes e descompostos. Os dois logo pensam que o casal estava fazendo outra coisa naquele lugar escuro. Vieira fica mais indignado ainda quando é obrigado a ouvir as piadinhas do filho sobre o papai "garanhão".
O FINAL DA NOVELA
- O casamento de Gera (Mário Gomes) com Flávia, a "jacaroa do pantanal" (Angelina Muniz), é interrompido quando Lívia (Débora Bloch) faz uma declaração de amor e os dois fogem de bicicleta. A eterna briga do casal continua no final da novela, com os dois chamando um ao outro de "padeiro" e "lingüiceira" (Gerônimo trabalhava de padeiro no estabelecimento comercial do pai e Silas, pai de Lívia, vendia cachorro-quente quando era pobre), mas logo a briga termina quando Gera diz: "taí, até que dá um bom sanduíche". Os dois se beijam apaixonadamente.
- Vado (Gracindo Junior), depois de se separar de Rosana (Maria Zilda) por causa das armações de Mariúcha (Elizângela), volta para os braços da mulher. A empregada safada, por sua vez, vai trabalhar para uma outra família, e logo começa a atacar o novo patrão, usando suas mesmas armas de sedução.- Carla (Maitê Proença), depois de sair sem nenhum tostão do casamento com Silas, continua ambiciosa, mas acaba com Adriano (Carlos Augusto Strazzer), o advogado responsável por sua ruína.
- Os milhões de dólares deixados por Dona Mena acabam indo parar nas mãos de Aurélia e Ilse (Leina Krespi), mas durante uma fuga, o saco que contém os dólares se rompe e o dinheiro vôa pela cidade, fazendo a festa da população pobre das vilas.
- No céu, Dr. Etevaldo (Cláudio Corrêa e Castro) se encontra com Dona Mena, e é obrigado a repetir pela última vez o bordão que o acompanhou durante toda a novela: "por favor, não me chame de Dr. Etevaldo porque eu nunca fui doutor!".
- Jordana relata a Silas, que finalmente percebeu que quer ficar com o homem que sempre esteve ao seu lado. O empresário sorri e diz: "eu, claro". Jordana corrige o ex-marido e o surpreende: "Não, o Vieira". Silas sorri cinicamente e diz que Vieira, a essas alturas, está bem longe, embarcando em um transatlântico para sua terra natal, Portugal. Jordana parte desesperadamente atrás do amor de sua vida, de helicóptero ou de lancha? Não lembro. Mas isso não importa. O importante é que ela o alcança e os dois vivem felizes para sempre porque no jogo da vida o verdadeiro amor sempre vence!
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Guilherme Staush
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
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Leôncio (Rubens de Falco) e Isaura (Lucélia Santos) no grande sucesso "Escrava Isaura" (Rede Globo -1976).
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ÂNGELA LEAL
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ELA JÁ FOI ASSIM...
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Revista Manchete (1990)
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Fonte: Balaio do Carl Ole
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sábado, 15 de setembro de 2007
BAILA COMIGO - INTERNACIONAL
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É estranho que uma novela com o nome de "Baila Comigo", que teve como uma das principais locações uma academia de ginástica, tenha tido uma trilha internacional tão romântica. As baladas foram o ponto alto do disco, tornando-se responsáveis pelo sucesso da trilha, lançada pela Som Livre em 1981.
O disco abre com "Without Your Love" do vocalista do The Who, Roger Daltrey. A música embalou o romance de Joana (Betty Faria) e Quim (Raul Cortez); Dolly Parton aparece na seqüência com "9 to 5", tema do filme "Como Eliminar Seu Chefe".
Os destaques do disco ficam por conta da belíssima balada "Living Inside Myself", do cantor canadense Gino Vannelli. A música foi uma das mais tocadas na novela e serviu para dar um clima ainda mais romântico às cenas de Lauro Corona e Beth Goulart; "Time", do inglês Alan Parsons, também foi um grande hit da época, e na novela foi tema musical da "pestinha" Mira, personagem de Lídia Brondi; a emocionante voz de Don Mclean em "Crying", emocionou ainda mais as cenas de Lílian Lemmertz e Fernando Torres.
"Come Back to Me" é uma balada bonitinha e caiu bem para o casal Lia e Saulo (Christiane Torloni e Reginaldo Faria); "What's in a Kiss" é outra balada de Gilbert O'Sullivan (o mesmo da famosa "Alone Again"), tema de Lúcia (Natália do Valle) na novela.
E por fim, a mais bonita do disco, "Reality", do inglês Richard Sanderson, cuja voz melódica e suave combinou bem com o sensível João Vitor (Tony Ramos). Uma pena que justamente esta faixa tenha sido editada, perdendo uma estrofe inteira.
"Baila Comigo" é uma ótima trilha sonora, que peca unicamente por não trazer mais músicas dançantes e com a mesma qualidade das baladas que dominam o disco. Ainda assim, é uma das melhores trilhas internacionais da década.
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Guilherme Staush
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Foto: Mercado Livre
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DJENANE MACHADO
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Esta postagem bem que se enquadraria perfeitamente na seção "Por Onde Anda?". Djenane Machado, a inesquecível Glorinha de "Estúpido Cupido", fez alguns trabalhos de sucesso na telinha no final dos anos 70, como o seriado "A Grande Família", a novela "Espelho Mágico" e o musical "Saudade Nâo Tem Idade"ao lado de Ney Latorraca, já no início dos anos 80. A filha de Carlos Machado fez ainda algumas aparições no cinema e em novelas da Rede Manchete durante essa década, mas logo saiu da mídia e nunca mais voltou à TV.
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A revista ISTO É GENTE fez uma ótima matéria com a atriz em 2001.
CLIQUE AQUI para ler a reportagem.
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Revista Sétimo Céu (1978)
RICARDO WARNICK
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Ricardo Warnick (seu sobrenome também aparece creditado como Wanick e Marnick) fez alguns trabalhos na TV (Gina - 1978) e no cinema (A Intrusa - 1979) , mas logo desapareceu da mídia.
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Revista Ilusão (1978)
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
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Uma das melhores cenas já escritas por Gilberto Braga foi o conflito envolvendo os favelados, e que trouxe como conseqüência as mortes de Estér (Patrícia Pillar) e Gustavo (Kadu Moliterno) na novela "Pátria Minha" (1994).
Na cena, Gustavo avança com um trator para destruir as casas dos favelados. Estér resolve ajudar na resistência à destruição das casas e acaba morrendo quando Gustavo joga o trator que dirige contra o caminhão onde ela e Alice (Cláudia Abreu) estão.
A morte de Gustavo no leito do hospital, ainda de mãos dadas com a mãe (Eva Wilma) é bastante comovente.
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Assista Online
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ABERTURAS DE NOVELAS (STILLS)
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VOCÊ SE CONSIDERA UM EXPERT EM ABERTURAS DE NOVELAS?
Então veja se você consegue reconhecer as 10 aberturas abaixo, através dos stills (imagens da abertura) recortados dos vídeos.
As respostas estão no final desta postagem. Boa sorte!
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